sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma bobagem qualquer

Me bateu uma crise de consciência hoje, ao acessar meu blog e ver que desde dezembro passado eu não postava nada de novo. "Que ridículo, um poeta que passa meses sem escrever nada, nem uma linha sequer!" foi o que passou pela minha cabeça.
Mas, como de fato eu ando absolutamente desanimado de escrever, tão imerso que estou em meus problemas cotidianos, eu sabia muito bem que qualquer tentativa de escrever hoje terminaria num monte de bobagens.
Pois bem: vamos escrever uma bobagem qualquer para ficar registrada aqui.
Oh, semaninha cruel essa que está se encerrando! Meu Timão caiu fora da libertadores, com Gornaldo e Cia, minha vida financeira continua o mesmo desastre dos últimos trê anos - no mínimo - e meu candidato a presidente da república simplesmente não é mais candidato.
Bom pelo menos recebi uma simpática resposta do gabinete do Ciro Gomes à manifestação de descontentamento que postei em seu site quando o PSB decidiu enterrar de vez a campanha presidencial de 2010.
Continuo tentando vender meu velho carro. Depois de baixar o preço por três vezes, estou quase convencido a dá-lo de presente a alguém. Mesmo assim, tenho receio de que ele seja recusado.
Agora, se tem uma coisa que está indo bem é meu namoro.
A Rita e eu estamos muito afinados e nos amamos de verdade. Isso me deixa muito feliz e faz os demais problemas diminuírem muito de importância.
Além do mais, nada melhor que um dia depois do outro. Sei que isso é um chavão, mas é bem apropriado ao momento que estou vivendo e me consola um pouco. Sei que ainda haverei de viver dias mais agradáveis.
Tenho que trabalhar para isso, é verdade.
E uma das maneiras mais prazerosas de trabalhar, no meu caso, é escrevendo. Preciso urgentemente redescobrir o prazer de escrever, como eu já fiz outrora. Houve um tempo em que eu escrevia compulsivamente.
Tenho, inclusive a idéia de um livro, um romance. Mas cultivo um certo receio em relação a isso. E explico: a história que eu tenho em mente passa-se em um ambiente eclesiástico, inspirada nos anos que vivi como seminarista, nos bastidores da Igreja. Como eu sou muito crítico e tenho uma certa munição, receio apimentar demais a história e criar uma polêmica que eu não quereria criar.
Ocorre que, quando eu começo a escrever, saio fora de meu normal, viro uma outra pessoa, sem muito controle sobre meu senso crítico e acabo destilando verdades que bem poderiam ficar guardadas dentro de mim até o túmulo.
Ufa!
Pra quem ia escrever só uma bobagem qualquer até que eu já me estendi muito.
Agora chega!

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