domingo, 21 de agosto de 2011

Nada Sei

Existe uma frase muito comum nas páginas das redes sociais, que diz o seguinte: "Quando a gente acha que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas".

Parece, de fato, uma excelente frase de efeito. Mas ela tem assumido uma dimensão muito real na minha vida, diante de circunstâncias que tenho vivido ultimamente.

Bem próximo dos meus 37 anos de idade, depois de ter vivido algumas experiências no âmbito da religião e tantas outras no que tange relacionamentos afetivos, sinto-me estranhamente perdido, com a sensação exata de que tudo o que eu pensava saber sobre mim mesmo ou sobre a vida não tem consistência, é uma ilusão que eu criei para alimentar meu ego.

E pior que a sensação de que nada sei, é um certo desespero de não saber também como agir.

Tenho, nesse momento, a exata noção de que preciso rever muitos de meus conceitos, romper com paradigmas, começar a reescrever minha história. Mas não estou sabendo como começar isso.

Confesso minha ignorância a respeito de muitos aspectos de mim mesmo. E dói-me enxergar que tal ignorância, além de frear a minha evolução, feriu pessoas que conviviam comigo enquanto eu achava que estava absolutamente seguro. Eutransformei essa pseudo-segurança em prepotência, arrogância e insensibilidade. Isso fez-me perder a possibilidade de harmonia com a pessoa que, sem dúvida, mais me amou nessa vida e a mim se dedicou com desprendimento.

Agora, num momento em que a solidão penetra o mais íntimo de mim, aborvido por elucubrações as mais diversas, tenho medo, muito medo.

Antes de mais nada, medo da própria solidão. Medo dessa falta que me faz uma mão que segure a minha com carinho e paciência. Medo do tamanho da tarefa que vejo não diante de mim, mas dentro de mim.

Felizmente, coabitando com o medo, há em mim uma brisa de esperança. Essa esperança me diz que é possível, que há um pouco de luz.

Assim espero e peço a Deus que me ajude, de fato, a realizar a tarefa de me reconstruir.

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