segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ausência

A tua ausência é gigantesca
E a presença impertinente da solidão
É a medida do meu sofrimento.

Perdido no mutismo cego da noite
Aguço meus sentidos e ensaio palavras
Tão interiores quanto o meu amor.

Murmuro teu nome como uma prece
O vento frio carrega as sílabas
Para o nada da tua falta.

Apago enfim, a luz, para não mais ver
Minha sombra esparramar-se pelo chão,
Silhueta taciturna entre recordações.

Agora vejo a luz das estrelas e o seu valor
Elas iluminam a noite densa
Assim como a esperança de teu retorno
Clareia a penumbra da minha vida.

Será que a minha ausência
É para ti tão ausência
Quanto a tua o é para mim?

Perdoa-me se meu sofrimento
For sofrimento para ti também.
Se assim for, meu sofrimento será sem fim.

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