A tua ausência é gigantesca
E a presença impertinente da solidão
É a medida do meu sofrimento.
Perdido no mutismo cego da noite
Aguço meus sentidos e ensaio palavras
Tão interiores quanto o meu amor.
Murmuro teu nome como uma prece
O vento frio carrega as sílabas
Para o nada da tua falta.
Apago enfim, a luz, para não mais ver
Minha sombra esparramar-se pelo chão,
Silhueta taciturna entre recordações.
Agora vejo a luz das estrelas e o seu valor
Elas iluminam a noite densa
Assim como a esperança de teu retorno
Clareia a penumbra da minha vida.
Será que a minha ausência
É para ti tão ausência
Quanto a tua o é para mim?
Perdoa-me se meu sofrimento
For sofrimento para ti também.
Se assim for, meu sofrimento será sem fim.
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