Em todas as
palavras
Há um
silêncio
Um não-lido,
Um não-escrito
Um não-gritado
Que aos
poucos
A poesia
extravasa
Em forma
melódica
Às vezes
tórrida.
Em todo
gesto
Há um
não-demonstrado
Um “tente
adivinhar!”
Um “decifra-me
ou te ignoro”
A beleza de
certas coisas
Nasce do não
dito
Do não
expresso,
Que parece
feio ou grosseiro.
Aí é que
entra a poesia
Cantando o
que nunca se diz
Melodiando o que jamais se explica
Revirando as
vísceras das entrelinhas.
É isso o que
me faz
Amar a
poesia.
É isso o que
me motiva
A não
desistir dela:
Gritar as
entrelinhas.
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