quarta-feira, 25 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
De como e porque
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Eleições
Assistindo ontem à estréia do programa eleitoral gratuito fiquei penalizado. Sim, fiquei com pena de ter que votar em apenas um candidato dentre os que disputam a presidência. Afinal, são todos tão inteligentes, aparecem tão bem maquiados e tão bem intencionados na TV que dá dó ter que desprezar qualquer um deles.
Cada qual mostrando a sua trajetória de vida, nascidos em famílias humildes, batalharam muito para conquistar estudo e posição na vida.
E o que dizer da militância deles? Meu Deus! São currículos de fazer inveja a São Francisco de Assis, tamanha a sua dedicação aos pobres e desvalidos da sociedade, sua luta por um país mais justo, com melhores condições de vida para todos os brasileiros.
Assistindo ao programa eleitoral dá mesmo pra se ter a nítida impressão de que todos, sem exceção, nasceram predestinados a ser presidente (ou presidenta) da nossa amada e idolatrada república.
Não há um deles que não apareça beijando criancinhas pobres, abraçando velhos moribundos ou comendo um pastelzinho no mercadão popular. A gente fica mesmo emocionado de ver como o futuro do nosso país está assegurado com tanta gente boa assim querendo governá-lo.
E os discursos. Memoráveis!
“Vamos melhorar a saúde, investir na educação dos nossos jovens, reajustar o salário mínimo acima da inflação, acabar com os pedágios, reduzir os impostos, melhorar a segurança pública etc...etc...etc.”
Dos três candidatos rotulados pela mídia como “principais”, dois tiveram seus partidos por oito anos à frente da presidência, sendo que ambos foram ministros em seus respectivos governos. Ou seja, tiveram participação ativa. Dessa experiência toda nasceu a cansativa cantilena do “nós fizemos isso, eles deixaram de fazer aquilo”.
Nos telejornais da TV aberta, tenho acompanhado matérias que esboçam um interessante raio-x do Brasil, como é típico nessas épocas eleitorais. Vou ressaltar aqui o que me restou na memória da enxurrada de informações que as emissoras despejaram em minha mente:
· 53% é a carga de tributos que está embutida no preço da gasolina;
· 44% dos municípios de Goiás não têm sequer uma unidade de pronto atendimento de saúde;
· O governo brasileiro arrecadou em julho/2010 o montante de 67,973 bilhões de reais;
· O mesmo governo aplica em saúde menos de 2% do PIB.
Resta agora algum dos(as) nobres candidatos(as) colocar de vez as cartas na mesa sobre seus planos para erradicar definitivamente um mal que envergonha o Brasil perante o mundo inteiro: a carga tributária que rouba o cidadão de bem e deposita nas mãos de milhares de administradores desonestos ou incompetentes o seu suado dinheiro.
Teremos que descobrir, entre esses sorrisinhos e essas juras de boas intenções, qual deles está mesmo disposto a realizar as mudanças estruturais que nosso país necessita para alcançar desenvolvimento com um mínimo de justiça social.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Oração
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Deserto de Desespero e Vida
domingo, 1 de agosto de 2010
Crônica do Amor
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa."